segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Último dia: até o ano que vem!

O terceiro e último dia de festival despertou cedo, ou nem dormiu. Às 10 horas, como resquício dos shows que terminaram tarde na noite anterior, a música já rolava solta na Rádio FestMalta e a piscina recebia seus primeiros atletas de final de semana, que arriscavam saltos e pulos desengonçados na água – única alternativa capaz de domar o calor daquela manhã.

Os shows começaram cedo. A banda Ato IV, de Júlio de Castilhos, que seria a última a se apresentar, foi a primeira. Logo em seguida, subiu ao palco a Sálvia, de Santa Maria. Alguns de seus integrantes chegaram ainda naquela tarde e partiram após o show. Apesar do curto espaço de tempo no qual ficaram presentes, regaram a tarde quente com clássicos do reggae, do samba e da black music. Na sequência, apresentaram-se Rock N’ Live, de Sobradinho, Cinzeiro e Vinho Tinto, de Cachoeira do Sul, Rodrigo Cidade, de Santa Maria e Doctor Flowers, também de Sobradinho. As bandas investiram em covers, mas, em sua maioria, também aproveitaram a oportunidade para promover seu trabalho autoral, como é o caso da Cinzeiro e Vinho Tinto. A linha de criação do grupo está baseada no som de bandas como Velhas Virgens e Baranga, que exaltam, entre outros pontos, o estilo de vida regrado pelo rock, seus derivados e destilados.

No entanto, mesmo com tantas possibilidades para dançar e remexer o corpo, o público se guardou: gastou a voz e a sola do pé com o show de encerramento de Wander Wildner – o mais aguardado do dia. Wander chegou de tarde no balneário, e logo se jogou na piscina. Quase que passou sem ser notado. Quase. Assim que saía da água foi visto e logo começaram os gritos e chamados por seu nome. A gritaria e euforia foram as mesmas quando subiu ao palco. Wander revisitou clássicos seus e de outros ícones da música nacional, como Belchior.

Entre tantas certezas, fica a de que o FestMalta fixou raízes e tornou-se um dos maiores festivais do Rio Grande do Sul. O evento, além de promover shows, deu show. Um show de organização, de integração, de ideal. Um festival independente, com produção e música independentes não descansa tão cedo! Nos vemos em 2012!







Os arquivos de vídeo das bandas Doctor Flowers e Rodrigo Cidade ficaram danificados. Se você tem algum material, envie-nos para que ele seja postado.


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Material produzido pelo Núcleo de Comunicação do Macondo Coletivo.
Texto: Gabriela Belnhak
Fotos: Gabriela Belnhak e Nathália Schneider
Vídeos: Kareka Ricordi

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